Como comentamos anteriormente em nosso artigo sobre o Dia do Tatuador, o dinamarquês conhecido como Lucky Tattoo, que chegou ao Brasil em 1959 e praticamente trouxe o mundo das tatuagens profissionais ao nosso país. Mas nem todos nós conhecemos bem a sua história, por isso decidimos compilar uma lista com algumas curiosidades sobre o Lucky.

Primeira cidade com tatuador profissional


A cidade de Santos foi a primeira cidade do Brasil a possuir um tatuador profissional. Lucky, dinamarquês nascido em 1928 se mudou para o Brasil onde começou sua carreira como desenhista e pintor, porém também trouxe a primeira máquina de tatuar elétrica ao país.
Sua primeira loja foi aberta próxima ao Cais de Santos, tendo depois mudado para a General Câmara, o que por vez ajudou a aumentar sua clientela, mas também contribuiu com o preconceito em torno de tatuagens, já que muitos dos seus clientes eram marinheiros e imigrantes envolvidos com prostituição e drogas.

Como mencionamos em nosso artigo sobre o dia do tatuador, seu estúdio possuía a seguinte frase na porta:

“It´s not a saylor if he hasn´t a tattoo”
“não é um marinheiro se não tiver uma tatuagem”

Lucky tatuou cerca de 45mil pessoas durante 30 anos de carreira. 24 destes anos morando no Brasil.

Tatuagens e a elite santista

Como Lucky era praticamente o único tatuador da cidade, e do país, sua clientela também envolveu diversos clientes de classes mais altas, como por exemplo Evandro Mesquista, que fez uma águia com Lucky, e o surfista Petit, com um dragão em seu braço, o qual também é citado em uma música de Caetano Veloso.

Familia Gregersen

Lucky viveu em SP por mais de 20 anos e constituiu sua família com uma brasileira, com a qual teve 2 filhos: Frederick e Erna Gregersen. Lucky faleceu aos 55 anos, um ano depois de se mudar para o Arraial do Cabo, RJ, após ter sua loja de Santos assaltada.

Seus filhos seguiram como tatuadores após seu falecimento: Erna montou um estúdio nos fundos do restaurante Energia na Avenida Washington Luiz, ainda em Santos. E faleceu em 2008, sendo reconhecida como a primeira tatuadora profissional do litoral paulista.

O seu filho Frederik hoje é responsável por manter a história viva, conservando uma das salas onde Lucky trabalhou em Suarão, exibindo desenhos e um quadro pintado pelo próprio Lucky.

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