Os integrantes do Sepultura, pouco antes do lançamento do álbum Arise em 1991, buscavam um novo logo para usar no miolo do cd. Segundo o guitarrista da banda Andreas Kisser, eles queriam um símbolo tribal que representasse a banda, e para isso procuraram o tatuador e ex integrante da banda mineira Overdose, o Bozó, que desenvolveu o logo que hoje é um dos maiores símbolos do metal brasileiro.
A inicial S, transformada numa sequência sinuosa de vértebras e espinhos emaranhados, além do miolo do cd Arise, estampou todos os discos seguintes, além de bandeiras, camisetas e bíceps dos mais fãs do grupo.
Assim como o Sepultura, outras bandas de metal capricham na hora de criar suas marcas. Letras das quais saem chifres, serifas com ângulos que lembram espadas e etc. A marca é a tradução visual da banda.
Bozó oferece algumas dicas para quem busca inspiração “Para criar uma boa marca, você tem que conhecer o som, escutar a música da banda enquanto está criando”;
“Acho que quanto mais simples, melhor. O logo do Sepultura chega a ser complicado demais, com aquele monte de ossos”, diz seu criador, que se declara fã dos símbolos usados pelo Metallica e Raimundos.
Hoje o tatuador cobra em média R$ 700 para quem deseja tatuar o famoso ‘S’ em seu estúdio.
Artigo por: Débora Vaz