Sonia Abreu, a primeira mulher DJ no Brasil, faleceu na noite desta segunda, 26 de agosto de 2019, aos 68 anos. A causa foi uma fadiga respiratória em decorrência da ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), doença degenerativa que afeta o sistema nervoso e acarreta em paralisia motora irreversível.
Pioneira, Sonia abriu caminhos. Quando começou, ainda não existia o termo DJ, e então ela era chamada de “soniaplasta”, em alusão aos sonoplastas. Iniciou a carreira nos anos 1960 como produtora musical da rádio Excelsior/Globo de São Paulo, e também atuou na mesma época na gravadora Som Livre. Passou também pela 89 FM, Brasil 2000, Rádio USP e Rádio Globo.
Nos anos 1970 se tornou a primeira DJ mulher brasileira ao tocar na noite paulistana. Nos anos 80 montou o seu mais ousado e marcante projeto: um ônibus com um sofisticado sistema de som em que levava sua música a diferentes espaços urbanos, criando assim a rádio móvel Ondas Tropicais.
Sua última apresentação foi em junho de 2019, na Galeria Olido, no centro de São Paulo, quando comandou as picapes de cadeira de rodas. A DJ manteve-se na ativa o máximo que pode, levando alegria e música ao público.