Não é à toa que a tatuagem é considerada uma arte milenar. O corpo mumificado de uma princesa da Sibéria foi encontrado há 19 anos e estava em estudo e reconstituição. Até aí, tudo bem. Mas o que chamou a atenção dos cientistas é que a múmia revelava tatuagens intactas de 2.500 anos atrás. Segundo o site Daily Mail, trata-se de criaturas mitológicas.
Ela pertencia ao povo Pazyryk, formado por nômades do século 5 a.C., e foi sepultada ao lado de dois guerreiros, que também tinham tatuagens espalhadas pelo corpo.
Dá para perceber que em dois milênios pouca coisa mudou, né? Esse é exatamente o ponto de vista da cientista Natalia Polosmak, que descobriu os restos da princesa Ukok. Segundo ela, isso revela que os padrões utilizados para fazer a tatuagem ainda são usados, como o tamanho e região do corpo tatuada.
Ela afirmou que a primeira tatuagem era feita somente no ombro direito, uma vez que todas as múmias encontradas com apenas uma tatuagem tinham as imagens feitas nessa parte do corpo. E isso nós podemos reparar atualmente: a grande quantidade de tatuagens feitas sempre no mesmo local do corpo. Talvez por ser um lugar visível ou que equilibre a composição do corpo, essa região é uma escolha consideravelmente constante dos tatuados.
Conforme especifica o site Siberian Times, as tatuagens no ombro esquerdo da princesa mostram um animal fantástico mitológico: um cervo com o bico de grifo e chifres de capricórnio. Os chifres são decorados com as cabeças de grifos. E a cabeça do grifo é mostrada na parte de trás do animal. A boca de uma pantera manchada com uma longa cauda é vista nas pernas de uma ovelha. Ela também tem a cabeça de um cervo com chifres grandes em seu pulso. Há um desenho sobre o corpo do animal em um polegar da mão esquerda.
Para quem gosta de história, o povo Pazyryk utilizava as tatuagens como uma espécie de identificação pessoal e acreditava que os desenhos seriam úteis na vida após a morte. Além disso, as tatuagens podiam ser uma forma de expressar pensamentos e posições sociais e tinham relação com a idade e o status ao qual a pessoa pertencia.
A múmia permanece em um sarcófago de vidro permanente no Museu Nacional de Gorno-Altaisk, na República de Altai, e eventualmente será exibida para os visitantes.
E aí, acharam que as tattoos têm semelhança com as que vemos hoje em dia?
Fonte: Daily Mail e Siberian Times